Um dos principais objetivos do projeto trata sobre a ingestão de material inorgânico e os impactos que este consumo de “lixo marinho” pode acarretar para as Tartarugas verdes
:: por Fernando Luigi ::
Chelonia mydas ou Tartaruga verde foto: arquivo |
Nos últimos três anos, foi observado um crescente número de tartarugas marinhas avistados nas águas de Ilhabela, cidade situada no litoral norte paulista, motivou a jovem pesquisadora Eduarda Romanini a desembarcar no arquipélago na segunda quinzena do mês de junho/2013, e dar início ao seu projeto: Ecologia Alimentar de Tartarugas-Verdes, Chelonia mydas (Linnaeus 1758), integrante de um projeto maior, o “Tartarugas da Ilha”, que em breve trará outros pesquisadores para a Ilhabela.
Eduarda Romanini pesquisadora foto: Fernando Luigi |
Com formação acadêmica em biologia pela USP de Ribeirão Preto, a paulista Eduarda Romanini, natural de Itápolis, interior paulista, graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas, desenvolve o projeto com as tartarugas da ilha. “O projeto tem como objetivo o estudo da ecologia alimentar da espécie Chelonia mydas (tartaruga-verde) no litoral sudeste brasileiro, em Ilhabela, buscando descrever os componentes de sua dieta, revelando os recursos alimentares mais consumidos pelos animais nessa região”, explica Eduarda.
Captura Incidental da Pesca
A principal etapa do projeto já desencadeada, está diretamente relacionada à conscientização popular da complexidade de fatores que afetam a sobrevivência das tartarugas marinhas e a interatividade com diversas modalidades de pesca artesanal e industrial. Presas nos diversos tipos de redes e anzóis, não conseguem subir à superfície para respirar e acabar morrendo por afogadamento.
Tartaruga filhote com aproximadamente 5Kg encontrada morta na Ilha das Cabras em Ilhabela/SP (junho/2013) foto: Eduarda Romanini |
A captura incidental é considerada atualmente a principal ameaça às populações de tartarugas marinhas. No Brasil, assim como no resto do mundo, a pesca do arrasto do camarão e com espinhéis em alto mar são dois dos principais tipos de pesca que interagem com as tartarugas.
Como colaborar com o projeto
Todos nós podemos colaborar com este trabalho de estudo, prevenção e preservação das tartarugas marinhas em Ilhabela. Eduarda divulga por meio de cartazetes espalhados por toda a cidade de Ilhabela, seus contatos para quando avistada uma tartaruga em vida (com fotos), basta apenas informar pelo e-mail eduardaromanini.bio@gmail: a localidade, a data, e o horário. Quando na fatalidade e captura, fazer contato imediatamente pelos telefones 12 9649 1057 ou 16 9794 2073.
Curiosidade:
Anualmente no dia 16 de Junho é comemorado o Dia Internacional da Tartaruga Marinha.